Cortes no desenho.

A complexidade de arestas invisíveis (traço interrompido) que na repre­sentação das projecções ortogonais de uma peça pode ocorrer, principalmente quando essas arestas são em grande número ou quando a sua importância é da mesma ordem que as arestas exteriores, inviabiliza de certo modo e em termos práticos a representação nos moldes apresentados.

Neste contexto, imagine-se por exemplo um edifício e a representação de um dos seus alçados por forma a permitir a visualização do seu interior, isto é das arestas que definem as várias paredes, vãos de portas e janelas, lanços de escada e patamar, caixas de elevadores, etc. A "confusão" de arestas invisíveis seria tal que a própria representação de arestas visí­veis e portanto exteriores se apresentaria quase imperceptível.

Um processo de representação designado Corte constitui o modo mais simples, mais cómodo e mais exacto de tornar clara e extremamente legí­vel a representação do interior das peças.

De acordo com a própria designação, trata-se efectivamente de um corte na peça. Tão simplesmente, um corte capaz de permitir retirar da peça uma parte por forma a que se apresente visível o seu interior, isto é, passem a ser visíveis as suas arestas interiores. Obviamente que cortar a peça em termos de representação é uma atitude criteriosa que obedece a convenções bem especificas.

Estas convenções estabelecem a necessidade de clarificar fundamen­talmente os seguintes dois aspectos:



- Como e por que "zonas" da peça foi estabelecido o corte.

- As arestas que se apresentam visíveis na representação de uma peça, são na realidade visíveis ou resultaram visíveis a partir da adopção de um corte.



São dois aspectos fundamentais cujo esclarecimento deve ser inerente à própria representação de projecções ortogonais que utilizam cortes.

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